Essa confirmação causou surpresa em alguns países europeus, como França e Polônia, que esperavam restrições aos produtos sul-americanos para preservar sua competitividade. Há ainda a possibilidade de o acordo enfrentar oposição de países como Itália, Países Baixos e Áustria.
De acordo com informações divulgadas pelo governo brasileiro, o café e sete tipos de frutas do Mercosul terão livre acesso à União Europeia, sem tarifas ou cotas. Dentre as frutas com livre circulação na UE estão abacate, limão, lima, melão, melancia, uva de mesa e maçã.
Outros produtos agropecuários terão cotas e tarifas reduzidas para entrar na UE, visando à eliminação gradual das tarifas e à formação de uma zona de livre-comércio entre os dois blocos. Os prazos para a eliminação das tarifas variam de quatro a 12 anos, de acordo com cada item.
As cotas estabelecidas no acordo comercial serão posteriormente divididas entre os países membros do Mercosul. Caso as exportações excedam a cota estabelecida, os produtos passarão a pagar as tarifas vigentes.
O acordo, segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, reflete o equilíbrio entre a abertura de mercados e a proteção de setores sensíveis para ambas as partes. A oferta da UE, aceita pelo Mercosul, corresponde a 95% dos bens e 92% do valor das exportações brasileiras à UE.
Em resumo, o acordo entre o Mercosul e a União Europeia representa um marco histórico nas relações comerciais entre os dois blocos, promovendo a abertura de mercados e a eliminação progressiva de barreiras tarifárias, visando uma maior integração econômica e benefícios mútuos para ambas as partes envolvidas.