BRASIL – “Dólar fecha abaixo de R$6 pela primeira vez em duas semanas, bolsa de valores sobe mais de 1% e supera os 129 mil pontos”

Em meio a um cenário de expectativas em relação à reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) e preocupações com a saúde do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o dólar fechou abaixo de R$ 6 pela primeira vez em quase duas semanas, enquanto a bolsa de valores registrou um aumento de mais de 1%, ultrapassando os 129 mil pontos.

O dólar comercial encerrou o dia sendo vendido a R$ 5,968, o que representou um recuo de R$ 0,079 (-1,3%). A cotação da moeda passou por altos e baixos ao longo do dia, mantendo-se em torno de R$ 6,01 na maior parte do tempo e caindo significativamente após a divulgação de que o presidente Lula passará por um novo procedimento na quinta-feira para evitar novas hemorragias no crânio.

O ponto mais baixo do dólar no dia foi atingido por volta das 16h35, alguns minutos após a notícia ser divulgada, quando a moeda chegou a ser cotada a R$ 5,95. Esse foi o primeiro fechamento do dólar abaixo de R$ 6 desde o dia 28 de novembro.

Enquanto isso, o mercado de ações teve um dia de reviravolta. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 129.593 pontos, apresentando uma alta de 1,06%. Esse foi o terceiro dia consecutivo de alta para o indicador, que operou em baixa na maior parte do dia e registrou um aumento após a divulgação do comunicado médico sobre o procedimento do presidente Lula.

Antes das informações sobre o procedimento do presidente, o mercado estava atento à reunião do Copom, que surpreendeu ao elevar a taxa Selic em 1 ponto percentual, chegando a 12,25% ao ano. O Copom também anunciou que pretende aumentar a taxa na mesma proporção nas próximas duas reuniões, em janeiro e março, o que resultará em uma Selic de 14,25% ao ano no final do primeiro trimestre de 2025.

O comunicado da reunião do Copom foi divulgado após o fechamento do mercado, portanto a repercussão dessa decisão será sentida na quinta-feira. O aumento dos juros tende a diminuir a pressão sobre o dólar, estimulando a entrada de capitais estrangeiros em busca de maiores retornos.

Com todas essas movimentações no mercado financeiro, fica claro que as decisões econômicas e de saúde do país estão intrinsecamente ligadas e têm impacto direto nas operações e nos investimentos.

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