Em colaboração com o Ministério Público Federal (MPF), os policiais federais estão realizando diligências em diversas cidades, como Brasília, Salvador, Teixeira de Freitas e Vitória da Conquista. Além das prisões, a Justiça determinou o afastamento cautelar de um servidor público e o sequestro de bens que totalizam R$ 4,7 milhões, reforçando a seriedade da investigação em curso.
A primeira fase da Operação Overclean foi deflagrada no último dia 10 de dezembro e teve como foco o direcionamento indevido de recursos públicos provenientes de emendas parlamentares e convênios para empresas e indivíduos vinculados a prefeituras baianas. Segundo informações da Polícia Federal, o esquema ilegal envolvia a prática de superfaturamento de obras e desvio de verbas, resultando em prejuízos significativos para o Departamento Nacional de Obras contra as Secas (Dnocs), estimados em R$ 1,4 bilhão.
As investigações apontam ainda que o esquema contava com o conluio de agentes policiais, que repassavam informações privilegiadas à organização criminosa, inclusive sobre a identidade de agentes federais envolvidos em atividades investigativas sigilosas. A Controladoria-Geral da União (CGU) e a Receita Federal também estão colaborando nas apurações.
Os investigados nesta segunda fase da Operação Overclean enfrentam acusações de fraudes em licitações, corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e obstrução da justiça. A operação evidencia o compromisso das autoridades em combater crimes contra o patrimônio público e a transparência na gestão dos recursos governamentais.