As atletas, identificadas como zagueira Camila Duarte, lateral Juana Cángaro, volante Candela Díaz e meia Milagros Díaz, tiveram seus pedidos de habeas corpus negados, o que significa que permanecerão detidas enquanto respondem às acusações. O caso foi bastante divulgado devido à gravidade do incidente e às polêmicas envolvidas.
Após uma confusão generalizada no gramado do Estádio do Canindé, em São Paulo, durante o jogo entre River e Grêmio, as jogadoras argentinas foram acusadas de proferir insultos racistas contra um gandula, desencadeando uma série de expulsões e a interrupção da partida.
A defesa das atletas argumentou que a decisão de mantê-las detidas era injusta e que o clube argentino se comprometia a apresentá-las à Justiça brasileira quando necessário. No entanto, os relatores do caso entenderam que a prisão preventiva era necessária para evitar novos crimes e consideraram insuficiente a garantia do River Plate.
O Grêmio, por sua vez, também denunciou ter sido alvo de injúrias raciais por parte das jogadoras do River Plate, o que tornou o episódio ainda mais lamentável e controverso. Com a decisão do TJ-SP, as quatro atletas permanecerão na penitenciária do Carandiru, na zona norte de São Paulo, aguardando o desenrolar do processo.
O desfecho da Ladies Cup foi marcado pela vitória do Grêmio sobre o Bahia na final, após a condenação das jogadoras argentinas. O caso continua sendo acompanhado de perto pela opinião pública e pelas autoridades, levantando questões importantes sobre o combate ao racismo e à discriminação no esporte.
Portanto, o desdobramento dessa situação atípica e lamentável no futebol feminino certamente terá repercussões significativas e servirá como um alerta para a importância do respeito mútuo e da igualdade dentro e fora dos campos.