BRASIL – Piora no quadro de saúde: Jovem baleada por agentes da PRF necessita voltar à respiração mecânica e interrompe reabilitação

Juliana Leite Rangel, a jovem baleada na cabeça por agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) na véspera de Natal, teve um significativo agravamento em seu quadro de saúde, de acordo com informações divulgadas pela prefeitura de Duque de Caxias, responsável pelo Hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes. A jovem precisou retornar à respiração mecânica e interromper o processo de reabilitação.

Segundo comunicado emitido pela direção do hospital, Juliana apresentou piora nas últimas 24 horas, com febre, sinais clínicos e laboratoriais de um novo quadro infeccioso, que demandou a retomada da medicação para controle da pressão arterial, sedação leve e ventilação mecânica. Além disso, ajustes no tratamento da infecção foram necessários. O processo de reabilitação teve que ser interrompido devido ao agravamento do quadro infeccioso, e a paciente ainda precisa da traqueostomia.

Nos últimos dias, Juliana havia apresentado melhoras, como a retirada da ventilação mecânica e a interação com pessoas, porém, a situação se reverteu com a necessidade de retomar a respiração mecânica. A jovem permanece em terapia intensiva, sob acompanhamento de uma equipe multidisciplinar, sem previsão de alta do Centro de Terapia Intensiva (CTI).

O caso de Juliana Rangel ganhou destaque após a jovem ser atingida por um tiro de fuzil dentro do carro da família durante uma abordagem policial na Rodovia Washington Luís. A família alega que não houve motivo para os disparos e vem buscando apoio na Justiça.

A Polícia Federal e o Ministério Público Federal estão investigando o caso, e os agentes envolvidos na abordagem foram afastados preventivamente. A família busca uma pensão provisória para se sustentar financeiramente, dada a impossibilidade de trabalho do pai de Juliana, que também foi ferido no incidente.

Este caso traz à tona questões sobre abordagens policiais e a necessidade de garantir a segurança e integridade dos cidadãos durante essas ações. A investigação em curso deve esclarecer os detalhes do ocorrido e garantir a responsabilização dos envolvidos.

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