Segundo informações do Ministério da Saúde, a capital Belo Horizonte e o município de Contagem serão beneficiados com a instalação de estações disseminadoras de larvicidas, a expansão do método Wolbachia e a borrifação residual intradomiciliar. Essas medidas são fundamentais para combater a proliferação dos mosquitos transmissores dessas doenças e prevenir novos surtos.
No ano de 2024, Minas Gerais registrou quase 1,7 milhão de casos prováveis de dengue e 1.121 mortes confirmadas pela doença. O coeficiente de incidência da dengue no estado ficou em 7.948 casos para cada 100 mil habitantes, o segundo maior do país, perdendo apenas para o Distrito Federal. Além disso, nas primeiras semanas de 2025, Minas Gerais já se encontra entre os cinco estados com maior número de casos de chikungunya.
A implementação de novas tecnologias para o controle vetorial das arboviroses faz parte do Plano de Ação para Redução dos Impactos das Arboviroses 2024/2025, anunciado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pela ministra da Saúde, Nísia Trindade, no ano passado. Nesta quinta-feira (9), foi instalado o Centro de Operações de Emergências para Dengue e Outras Arboviroses.
Um fator preocupante é o aumento do sorotipo 3 da dengue no Brasil, com destaque para os estados de São Paulo, Minas Gerais, Amapá e Paraná. Este sorotipo não circulava de forma predominante no país desde 2008, o que coloca muitas pessoas suscetíveis à doença. A secretária de Vigilância em Saúde, Ethel Maciel, ressaltou a importância de estratégias eficazes para conter a disseminação desse sorotipo.
Diante desse cenário, a chegada das novas tecnologias para controle das arboviroses em Minas Gerais é fundamental para proteger a população e combater essas doenças que representam um sério problema de saúde pública no estado.
