BRASIL – Rio de Janeiro planeja programa de combate à obesidade com medicamentos para controle da diabetes e perda de peso

A cidade do Rio de Janeiro está planejando um novo programa de combate à obesidade que envolverá a oferta de medicamentos como a semaglutida e a liraglutida. Estes medicamentos, inicialmente indicados para o controle da diabetes, tornaram-se populares devido aos efeitos de perda de peso que proporcionam.

De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, a implementação desse programa está prevista para começar em 2026. No entanto, um grupo de trabalho já foi formado para elaborar a melhor estratégia de utilização desses medicamentos. Apesar de gerar alguma controvérsia, a iniciativa não é inédita, sendo que a liraglutida já vem sendo utilizada em algumas cidades do país e em instâncias públicas de saúde.

A expectativa é de que a incorporação dessas substâncias no Sistema Único de Saúde (SUS) ainda não esteja próxima, tendo em vista a negativa recebida pela fabricante Novo Nordisk em 2023, quando solicitou a avaliação da inclusão pelo Conitec, órgão competente. O principal motivo para a recusa foi o alto impacto orçamentário estimado em R$ 12,6 bilhões ao longo de 5 anos.

No entanto, com a queda da patente e a entrada de outros laboratórios na produção desses medicamentos, a expectativa é de que haja uma redução nos valores. A vice-presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, Karen de Marca, vê com otimismo a adoção desses medicamentos no serviço público do Rio de Janeiro e acredita que isso possa servir de inspiração para outros órgãos públicos.

A estratégia da Prefeitura do Rio em adotar esses medicamentos está fundamentada na possibilidade de economia para os cofres públicos, uma vez que o município gasta anualmente uma quantia considerável com internações decorrentes de problemas relacionados à diabetes e obesidade. O secretário municipal de saúde, Daniel Soranz, estabeleceu contato com diversos laboratórios para viabilizar a oferta desses medicamentos de forma integrada, inseridos em um tratamento completo que envolve aspectos clínicos, nutricionais e físicos.

No entanto, é importante ressaltar que o uso indiscriminado desses medicamentos pode acarretar riscos à saúde, como observado na experiência do engenheiro de computação Danilo Vidal Ribeiro. Portanto, é fundamental destacar a importância de um acompanhamento médico adequado e de programas de saúde bem estruturados para garantir o uso seguro e eficaz desses medicamentos no combate à obesidade.

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