BRASIL – Ministro do STF determina prazo de 30 dias para apresentação de normas sobre uso de emendas parlamentares em instituições de ensino

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, tomou uma decisão importante neste domingo (12), determinando que os governos federal e estaduais apresentem normas para o uso de recursos de emendas parlamentares federais em instituições de ensino superior. Essa determinação tem como objetivo garantir uma prestação de contas transparente e rastreável do destino desses recursos, tanto nas universidades quanto em suas respectivas Fundações de Apoio.

Dino solicitou ao Ministério da Educação (MEC), à Controladoria-Geral da União (CGU) e à Advocacia-Geral da União (AGU), e também aos Estados, que ajam de maneira semelhante e com urgência na divulgação das normas. Além disso, ele determinou que a decisão seja comunicada aos presidentes da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) e do Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras (CRUB).

O ministro ressaltou a importância da decisão ao mencionar os resultados de uma auditoria da CGU que apontou irregularidades em entidades sem fins lucrativos que receberam empenhos e pagamentos de emendas parlamentares. Ele destacou que algumas Fundações de Apoio a Universidades têm sido utilizadas de forma inadequada para repasses de recursos de emendas parlamentares, sem critérios objetivos.

Flávio Dino é o relator de uma ação movida pelo Psol contra a falta de transparência na destinação de recursos públicos do Orçamento federal. Recentemente, ele suspendeu o pagamento de emendas parlamentares a Organizações Não Governamentais não transparentes e também suspendeu emendas no valor de R$ 4,2 bilhões por falta de transparência. Além disso, ele autorizou a liberação de R$ 370 milhões em emendas da saúde para garantir o piso constitucional.

Essas ações do ministro do STF visam garantir a transparência e o uso adequado dos recursos públicos destinados à educação e à saúde, promovendo uma gestão mais eficiente e ética dos recursos do país.

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