As investigações tiveram início em junho de 2024, após uma parceria do Setor de Inteligência da Polícia Civil com os Correios. Foi identificada uma grande quantidade de remessas de substâncias anabolizantes enviadas diariamente por encomenda para diversos locais do Rio de Janeiro e outros estados. As substâncias eram fabricadas clandestinamente e sem fiscalização das autoridades sanitárias, incluindo ingredientes tóxicos como repelentes de insetos.
Durante a investigação, a Polícia Civil identificou uma movimentação financeira de mais de R$ 80 milhões pelas contas bancárias de alguns dos investigados. Além disso, foram apreendidas mais de duas mil substâncias ilícitas, resultando em um prejuízo de mais de R$ 500 mil ao grupo criminoso. Os investigados são responsáveis por diversas marcas de anabolizantes e adotavam estratégias como patrocinar eventos de fisiculturismo e atletas profissionais, além de pagar influenciadores digitais para impulsionar as vendas.
Os criminosos contavam com diversos operadores financeiros que facilitavam a movimentação de quantias milionárias para dificultar possíveis investigações. A Justiça determinou o bloqueio das contas bancárias de todos os envolvidos. Os denunciados responderão por associação criminosa, crime contra a saúde pública e crimes contra o consumidor.
As investigações continuam para identificar os revendedores, influenciadores e atletas patrocinados, com o intuito de ampliar as vendas do grupo criminoso. Estes indivíduos chegavam a receber mais de R$ 10 mil mensais para promover as marcas de anabolizantes. A operação Kairos representa um importante passo no combate ao comércio ilegal de substâncias anabolizantes, visando proteger a saúde pública e coibir atividades criminosas relacionadas a esse mercado clandestino.
