Para evitar esses incidentes, recomenda-se que os idosos realizem anualmente testes de equilíbrio e mobilidade em suas consultas de rotina. Esses testes são fundamentais para identificar possíveis problemas e prevenir quedas, que podem resultar em fraturas, ferimentos e até mesmo na perda de mobilidade.
Recentemente, um estudo realizado pelo Laboratório de Avaliação e Reabilitação do Equilíbrio (L.A.R.E.) da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRP-USP) trouxe à tona questões importantes em relação a esses testes. De acordo com o estudo, permanecer por apenas 10 segundos em determinadas posições pode não ser suficiente para identificar problemas de equilíbrio ou prever quedas futuras.
A coordenadora do estudo, Daniela Cristina Carvalho de Abreu, destacou a importância de ampliar o tempo de permanência nas posições mais desafiadoras, como a posição tandem e unipodal, para 30 segundos cada. Essa mudança no protocolo dos testes mostrou-se mais eficaz na previsão de quedas em idosos, sendo uma ferramenta valiosa para o rastreio do risco de quedas nessa população.
Além disso, a inclusão desse teste de equilíbrio ampliado na Atenção Básica foi recomendada pelos pesquisadores, devido à sua simplicidade, baixo custo e eficácia na prevenção de quedas futuras. A coordenadora enfatizou a importância de incorporar esses testes como parte do acompanhamento anual dos idosos, permitindo a identificação precoce de riscos e a adoção de medidas preventivas adequadas.
É fundamental ressaltar que esses testes de equilíbrio são apenas uma triagem inicial e que avaliações mais detalhadas são necessárias para compreender as causas subjacentes do desequilíbrio, como fraqueza muscular, comprometimento sensorial ou problemas articulares. A implementação dessas práticas de prevenção pode contribuir significativamente para promover o envelhecimento saudável e reduzir o impacto das quedas na saúde dos idosos.