BRASIL – MST realiza ato em solidariedade após ataque ao Assentamento Olga Benário em São Paulo: “Por vida e justiça na reforma agrária”

Na manhã deste sábado (18), o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) realizou um ato em solidariedade ao Assentamento Olga Benário, localizado em Tremembé, no interior de São Paulo. O assentamento foi alvo de um violento ataque no último dia 10, que resultou na morte de dois trabalhadores sem-terra e deixou outros seis feridos. A ação criminosa foi realizada por pelo menos 20 homens armados, que invadiram o local e dispararam contra as famílias que lá residiam.

O objetivo do ato promovido pelo MST vai além da solidariedade às vítimas do ataque. A mobilização visa também reivindicar a reforma agrária popular, a proteção da vida nas áreas rurais e a busca por justiça para as famílias afetadas. De acordo com Renata Menezes, representante da direção nacional do movimento, a reforma agrária é essencial para garantir a paz no campo e evitar a criminalização e violência contra os trabalhadores rurais.

Diversas autoridades participaram do ato, incluindo o presidente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Cesar Aldrighi, a superintendente do Incra/SP, Sabrina Diniz, e o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira.

O Assentamento Olga Benário, criado em 2006, abriga cerca de 50 famílias que atuam na agricultura familiar diversificada, produzindo alimentos para o mercado local e para o próprio consumo. Destaca-se a produção agroecológica no local, com Sistemas Agroflorestais (SAFs) que integram diferentes cultivos e práticas sustentáveis.

O ataque ao Assentamento Olga Benário não foi um caso isolado, segundo denúncia feita pelo MST. Outras ocorrências de ameaças e violência contra assentados já foram registradas, evidenciando a vulnerabilidade e a necessidade de proteção das famílias que vivem e trabalham nessas áreas rurais. A luta do MST e de outros movimentos sociais pela garantia dos direitos dos trabalhadores rurais continua, em busca de justiça e segurança para todos aqueles que lutam pela reforma agrária e por uma vida digna no campo.

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