BRASIL – “Policial militar é preso como segundo atirador em assassinato de delator no Aeroporto de São Paulo”

Na última terça-feira (21), a Corregedoria da Polícia Militar efetuou a prisão de um policial militar suspeito de ser o segundo atirador no assassinato do delator Vinícius Lopes Gritzbach, ocorrido no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, no dia 8 de novembro do ano passado. De acordo com informações da Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP), a prisão aconteceu na sede do 20º Batalhão de Polícia Militar Metropolitano, em Barueri. O suspeito seria encaminhado ao Presídio Militar Romão Gomes (PMRG).

Com essa nova prisão, o total de detidos relacionados ao caso chega a 26, sendo 17 PMs, cinco policiais civis e mais quatro indivíduos ligados ao homem apontado como olheiro do crime, que continua foragido. O caso está sendo investigado por uma Força-Tarefa composta pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e pelas corregedorias das polícias civil e militar.

Na semana passada, uma operação da Corregedoria já havia prendido o primeiro policial militar identificado como um dos autores dos disparos contra Gritzbach. Além disso, outros 14 PMs foram presos na mesma ação por suspeita de envolvimento com o crime organizado e por prestarem serviço de segurança ilegal ao delator. A namorada do homem apontado como olheiro do crime também foi presa pelo DHPP, em decorrência de um mandado obtido em uma investigação sobre tráfico de drogas.

A diretora do Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa de São Paulo, delegada Ivalda Aleixo, revelou que as investigações estão avançadas para identificar o mandante do crime, apontando para membros do Primeiro Comando da Capital (PCC). Gritzbach, acusado de lavagem de dinheiro e de ordenar a morte de integrantes do PCC, fez um acordo de delação com o Ministério Público em março de 2024, mencionando agentes públicos em seu depoimento. O MP encaminhou trechos da delação à Corregedoria da Polícia Civil, a qual o delator foi ouvido oito dias antes de ser assassinado. Os nomes dos presos ainda não foram divulgados.

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