Entre agosto de 2024 e janeiro de 2025, o Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS) da Sesau notificou cinco casos de pacientes hospitalizados com suspeita de terem sido atacados pela aranha-marrom. Dois desses pacientes requereram internação na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) devido a complicações graves, resultando em dois óbitos em janeiro.
Os casos foram registrados em Maceió e também envolveram um paciente de Pernambuco atendido em Alagoas. Os sintomas mais comuns apresentados foram dor, inchaço, hematomas e necrose na região afetada. Em 2024, os acidentes com escorpiões foram os mais frequentes em Alagoas, totalizando 13.039 casos, seguidos por picadas de abelhas, serpentes, aranhas, lagartas e outros animais venenosos.
A enfermeira Waldineia Silva, superintendente de Vigilância e Controle de Doenças Transmissíveis da Sesau, destacou a importância de manter jardins e quintais limpos, sem acúmulo de lixo, além de evitar folhagens densas próximas a paredes e muros. Em casos de acidentes, a vítima deve procurar atendimento médico imediato. Alagoas dispõe de 14 unidades com soro antiaracnídico distribuídas nas 10 Regiões de Saúde do estado.
Para atender pacientes afetados por picadas de animais peçonhentos em Maceió, existem três unidades de referência, incluindo o Hospital Escola Dr. Helvio Auto e as UPAs Jacintinho e Tabuleiro do Martins. A população deve limpar a região afetada apenas com água e sabão e buscar atendimento nessas unidades especializadas. A Sesau emitiu também um alerta aos municípios para notificarem casos suspeitos ou confirmados de acidentes com animais peçonhentos, destacando a importância da vigilância e das medidas preventivas.
