BRASIL – Lula reafirma que Brasil aplicará reciprocidade se EUA taxarem aço brasileiro: “Haverá reação comercial”, diz presidente

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reafirmou, em entrevista para a Rádio Clube do Pará, em Belém (PA), nesta sexta-feira (14), que o Brasil adotará o princípio da reciprocidade caso os Estados Unidos, sob a liderança de Donald Trump, decidam aumentar as tarifas de importação do país. Lula declarou que, se o aço brasileiro for taxado, o Brasil reagirá de forma comercial, com possíveis medidas como denunciar a Organização Mundial do Comércio (OMC) ou impor taxas sobre os produtos importados dos EUA.

O presidente enfatizou que não vê motivo para o Brasil iniciar um conflito com os Estados Unidos, mas ressaltou que haverá reciprocidade se houver qualquer ação prejudicial ao Brasil. Ele destacou que Trump tem anunciado a aplicação de tarifas abrangentes a países com superávit comercial, como China, México e Canadá, além de ter imposto uma tarifa de 25% sobre as importações de aço e alumínio, afetando fornecedores como o Brasil.

Lula também observou que os EUA possuem superávit comercial em relação ao Brasil e que as relações entre os dois países são equilibradas em termos de comércio. Ele enfatizou que o Brasil busca paz e tranquilidade nas relações comerciais internacionais, mas se os Estados Unidos adotarem medidas hostis, o Brasil responderá da mesma forma.

Em relação às novas tarifas de reciprocidade anunciadas por Trump contra países que aplicarem impostos sobre importações americanas, membros da equipe econômica do governo brasileiro adotaram uma postura cautelosa. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o Brasil não precisa temer as medidas de Trump, considerando o superávit comercial a favor dos EUA. Já o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, destacou que o Brasil não representa um problema comercial para os EUA.

Lula também mencionou as relações diplomáticas de 200 anos entre Brasil e Estados Unidos, destacando a importância do relacionamento bilateral. Ele afirmou que ainda não teve contato com Trump desde que assumiu a presidência em janeiro, mas ressaltou a relevância dos EUA para o Brasil e expressou esperança de que os Estados Unidos reconheçam a importância do Brasil.

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