O extenso documento de 272 páginas apresentado pela PGR elenca fatos, evidências e depoimentos de envolvidos, como o do ex-ajudante de Ordens de Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid. A denúncia se baseia no inquérito da Polícia Federal, que em novembro de 2024, indiciou Bolsonaro e outras 36 pessoas por crimes que colocavam em risco o Estado Democrático de Direito.
Segundo a PGR, os planos para a ruptura da ordem democrática começaram a se desenrolar de forma mais evidente após a decisão do STF que anulou as condenações criminais do ex-presidente Lula, permitindo sua participação nas eleições de 2022. A organização criminosa liderada por Bolsonaro teria colocado em prática diversas ações para desestabilizar o país e buscar a permanência autoritária no poder.
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, destaca que os ataques do ex-presidente às instituições democráticas e a disseminação de fake news sobre o sistema eleitoral foram peças-chave na tentativa de golpe. A PGR afirma que Bolsonaro tinha conhecimento e estimulava a proposta golpista, inclusive com planos de fuga do país, se necessário.
A defesa de Bolsonaro reagiu indignada à denúncia, afirmando que o ex-presidente jamais compactuou com qualquer movimento contrário ao Estado Democrático de Direito. Com provas contundentes e depoimentos que corroboram as acusações, a denúncia da PGR lança luz sobre as graves acusações que envolvem o ex-presidente e seus apoiadores em um possível golpe de Estado. A sociedade aguarda atentamente os desdobramentos deste escândalo político que abala as estruturas do país.