É importante ressaltar que a defesa de Zelenskyy pela participação da Ucrânia e da Europa nas negociações sobre a guerra surge em contraposição à abordagem do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que realizou negociações diretas com o presidente russo Vladimir Putin, excluindo os europeus. Zelenskyy argumenta que a Ucrânia deve estar presente nas discussões, já que a Rússia possui como alvo estratégico a Europa e seu modo de vida.
Em resposta a questionamentos de jornalistas, Zelenskyy declarou que só renunciaria em troca da entrada da Ucrânia na Otan, considerando que a adesão do país à organização é uma garantia de segurança. A Ucrânia atualmente possui 28 acordos bilaterais de segurança com parceiros e o presidente reforçou a importância da Otan para a estabilidade da região.
No entanto, o cenário geopolítico sofreu reviravoltas com a exclusão da Europa das negociações de paz pelos EUA, o que tem impactado a guerra na Ucrânia. Especialistas analisam que essa mudança na política americana está relacionada à reestruturação do capitalismo interno nos Estados Unidos, que busca se reposicionar diante da crescente competitividade da economia asiática, em particular da China.
Portanto, o momento atual é marcado por incertezas e mudanças substanciais nas relações geopolíticas entre as potências mundiais, o que pode ter repercussões significativas para o futuro da Ucrânia e da região europeia como um todo.