BRASIL – Guerra na Ucrânia completa três anos com presidente ucraniano defendendo paz através da força e participação europeia na negociação.

Nesta terça-feira (24), durante o evento que marcou o terceiro ano da invasão russa na Ucrânia, o presidente Volodymyr Zelenskyy enfatizou a importância de buscar a paz através da força e da união, com a participação ativa da Ucrânia e dos países europeus na mesa de negociação. Em reunião com líderes europeus como o presidente espanhol Pedro Sánchez e o primeiro-ministro canadense Justin Trudeau, Zelenskyy ressaltou que a paz não será concedida por Putin em troca de algo, mas sim alcançada através da cooperação e da sabedoria.

É importante ressaltar que a defesa de Zelenskyy pela participação da Ucrânia e da Europa nas negociações sobre a guerra surge em contraposição à abordagem do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que realizou negociações diretas com o presidente russo Vladimir Putin, excluindo os europeus. Zelenskyy argumenta que a Ucrânia deve estar presente nas discussões, já que a Rússia possui como alvo estratégico a Europa e seu modo de vida.

Em resposta a questionamentos de jornalistas, Zelenskyy declarou que só renunciaria em troca da entrada da Ucrânia na Otan, considerando que a adesão do país à organização é uma garantia de segurança. A Ucrânia atualmente possui 28 acordos bilaterais de segurança com parceiros e o presidente reforçou a importância da Otan para a estabilidade da região.

No entanto, o cenário geopolítico sofreu reviravoltas com a exclusão da Europa das negociações de paz pelos EUA, o que tem impactado a guerra na Ucrânia. Especialistas analisam que essa mudança na política americana está relacionada à reestruturação do capitalismo interno nos Estados Unidos, que busca se reposicionar diante da crescente competitividade da economia asiática, em particular da China.

Portanto, o momento atual é marcado por incertezas e mudanças substanciais nas relações geopolíticas entre as potências mundiais, o que pode ter repercussões significativas para o futuro da Ucrânia e da região europeia como um todo.

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