Comparando apenas os meses de fevereiro, o resultado de 2025 é o mais elevado desde 2016, alcançando 1,42%. No ano passado, no mesmo período, a prévia ficou em 0,78%. No acumulado de 12 meses, o IPCA-15 acumula 4,96%, acima da meta estipulada pelo governo, que é de, no máximo, 4,5%.
Dos nove grupos de produtos e serviços apurados pelo IBGE, sete apresentaram alta. O grupo habitação foi o que mais pressionou a inflação, com um aumento de 4,34%, contribuindo com 0,63 ponto percentual para o IPCA-15. A principal causa dessa alta foi a conta de luz, que subiu 16,33%, impactando o índice em 0,54 ponto percentual.
Além disso, o grupo educação também teve uma forte alta, com um aumento de 4,78%, impactando em 0,29 ponto percentual no IPCA-15. Os reajustes de mensalidades dos cursos regulares foram os responsáveis por essa elevação.
No entanto, houve um certo alívio no grupo de alimentos e bebidas, que subiu apenas 0,61% em fevereiro, contra 1,06% em janeiro. O café moído foi o item com maior pressão de alta, tendo um aumento de 11,63%.
Os transportes também tiveram aumento, com uma alta de 0,44%, sendo que os combustíveis subiram 1,88%. Por outro lado, as passagens aéreas tiveram uma redução de 20,42%.
O IPCA-15 é uma prévia do índice oficial de inflação, o IPCA, que serve como base para a política de meta de inflação do governo. O IPCA-15 foi coletado entre os dias 15 de janeiro e 12 de fevereiro e leva em consideração uma cesta de produtos e serviços para famílias com rendimentos entre um e 40 salários mínimos. O IPCA de fevereiro será divulgado em 12 de março.