BRASIL – Mercado financeiro está mais tenso do que em 2024, diz ministro da Fazenda em conferência do BTG Pactual

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em entrevista realizada nesta terça-feira (25), durante a abertura da CEO Conference Brasil 2025, promovida pelo BTG Pactual em São Paulo, destacou a atual tensão no mercado financeiro. De acordo com Haddad, o cenário econômico atual é mais instável do que em outros períodos, levando os investidores a agirem com cautela e expectativa.

Haddad ressaltou que as pessoas estão constantemente preparadas para reagir, se proteger ou especular conforme as notícias surgem, influenciando diretamente nas movimentações do mercado. O ministro comparou a situação atual com o momento de turbulência vivido em dezembro de 2024, quando houve uma disparada do dólar e fuga de recursos.

Apesar do cenário atual de incertezas e do nervosismo dos investidores, Haddad afirmou que as coisas estão se ajustando progressivamente e que a economia brasileira está acompanhando o contexto internacional. O ministro destacou que a economia dos outros países também exerce pressão sobre a economia brasileira, tornando o ambiente econômico mais desafiador.

Haddad também abordou a visão das agências de classificação de risco, do Fundo Monetário Internacional (FMI) e dos fundos de investimento em relação aos investidores locais, destacando a importância de aguardar antes de tomar decisões de investimento. Ele ressaltou que a agenda fiscal não pode perder momentum e que as medidas tomadas até o momento pelo governo têm gerado avanços consideráveis.

Além disso, o ministro mencionou a relevância da reforma tributária aprovada pelo Legislativo, que entrará em vigor a partir de 2027, destacando-a como a maior reforma tributária da história do Brasil, sem aumento de carga. Haddad também alertou sobre a importância de não negar a realidade econômica do país e de aprender com os momentos delicados vividos anteriormente.

Em sua análise, Haddad lembrou do desafio enfrentado pelo presidente Lula em 2002, ao assumir o governo com altas taxas de juros, inflação elevada e dívida em dólar, reforçando a importância de manter a estabilidade e o foco na agenda econômica do país. No geral, o ministro destacou a importância da condução responsável da economia brasileira diante dos desafios atuais.

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