BRASIL – Israel bombardeia sul da Síria durante Conferência Nacional de Diálogo, pedindo retirada das forças israelenses do país árabe

Nesta terça-feira (25), as forças armadas de Israel desencadearam um bombardeio no sul da Síria, coincidindo com a realização da Conferência Nacional de Diálogo da Síria. O evento reuniu lideranças do país árabe, que uniram forças para pedir a retirada das tropas israelenses do território sírio.

A conferência foi promovida pelo novo regime que assumiu o poder em dezembro de 2024, após grupos insurgentes conseguirem derrubar o presidente Bashar al-Assad, encerrando assim 13 anos de guerra civil no país. Durante o bombardeio, aviões israelenses atingiram centros de comando e locais que continham armamentos. De acordo com as Forças de Defesa de Israel (FDI), a ação foi justificada pela necessidade de proteger os cidadãos israelenses de possíveis ameaças.

Enquanto isso, a declaração final da conferência síria condenou veementemente a presença militar israelense em solo sírio, enxergando tal ato como uma clara violação da soberania do país. O presidente sírio, Ahmad al-Sharaa, enfatizou a indivisibilidade do território sírio e clamou por pressão internacional para conter as agressões israelenses.

Vale ressaltar que Israel expandiu sua ocupação sobre o Monte de Hermon após a queda de Assad, área que anteriormente estava sob controle do governo sírio e que, segundo a ONU, viola os acordos internacionais. Essa nova ocupação separa as Colinas de Golã do restante do território sírio, território este ocupado por Israel desde 1967 e que ainda é alvo de disputa entre as duas nações.

O ministro da Defesa de Israel, Israel Kartz, declarou que o país permanecerá na zona tampão por tempo indeterminado, demandando a desmilitarização total do sul da Síria. As ações israelenses desencadearam protestos no sul do país, com sindicatos e grupos civis rechaçando a interferência de Israel nos assuntos internos da Síria. A agitação dos manifestantes destaca a urgência de se unir contra os planos israelenses de divisão e separatismo na região.

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