Uma curiosidade marcante sobre a vida de Affonso Romano de Sant’Anna foi o seu casamento com a também escritora Marina Colasanti, de quem ficou viúvo no início deste ano. O velório do escritor está marcado para esta quarta-feira, das 11h às 14h, na Capela do Cemitério da Penitência, localizado na zona portuária do Rio de Janeiro. Após as homenagens públicas, será realizada uma cerimônia reservada para parentes e amigos próximos, seguida pela cremação do corpo.
O acadêmico e ex-presidente da Academia Brasileira de Letras, Marco Lucchesi, prestou uma emotiva homenagem ao amigo nas redes sociais, destacando a importância de Sant’Anna para a literatura brasileira. Lucchesi ressaltou a contribuição do escritor na implantação de um sistema público de leitura e o descreveu como um poeta civil de grande relevância.
A trajetória acadêmica de Sant’Anna também foi marcante. Graduado em letras neolatinas pela Universidade Federal de Minas Gerais, o escritor obteve o doutorado na mesma instituição. Além disso, lecionou em universidades renomadas nos Estados Unidos, participou de programas internacionais de escritores e ministrou cursos em diversos países, como Alemanha, Estados Unidos, Dinamarca, Portugal e França.
Durante sua gestão como presidente da Fundação Biblioteca Nacional, Affonso Romano de Sant’Anna promoveu ações significativas de incentivo à leitura, como a implementação do Sistema Nacional de Bibliotecas. Sua tese de doutorado, que analisou a poética de Carlos Drummond de Andrade, também foi um marco em sua carreira acadêmica.
Com a partida de Affonso Romano de Sant’Anna, o cenário literário brasileiro perde não apenas um escritor talentoso, mas também um incansável defensor da cultura e da educação. Sua influência e legado continuarão a inspirar gerações de leitores e escritores, mantendo viva a chama da poesia e da literatura em nosso país.