BRASIL – Defesa de Bolsonaro pede anulação da delação do tenente-coronel Mauro Cid ao STF e solicita novo relator para o caso

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro tomou uma atitude decisiva nesta quinta-feira (6), ao solicitar ao Supremo Tribunal Federal (STF) a anulação da delação do tenente-coronel Mauro Cid, que foi ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. A ação ocorre em resposta às acusações presentes na denúncia sobre a trama golpista, apresentada no mês passado pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

Os advogados de Bolsonaro argumentam que o acordo de colaboração premiada de Cid foi comprometido pela falta de voluntariedade, caracterizando a delação como repleta de mentiras, omissões e contradições. Além disso, a defesa solicitou que o ministro Alexandre de Moraes se afaste da relatoria do caso, alegando que, de acordo com o mecanismo do juiz de garantias, o juiz que conduziu o processo não pode proferir a sentença.

A defesa de Bolsonaro também exprimiu preocupações em relação ao acesso limitado às provas e requereu que o julgamento seja conduzido pelo plenário do STF, em vez da Primeira Turma. O prazo estipulado para a entrega da defesa da maioria dos denunciados expirou nesta quinta-feira (6), com exceção do general Braga Netto e do almirante Almir Garnier, que têm até amanhã (7) para manifestarem-se sobre a denúncia.

Após a conclusão da entrega de todas as defesas, o STF marcará o julgamento da denúncia. A controvérsia em torno da anulação da delação de Mauro Cid e das demais questões apresentadas pela defesa de Bolsonaro promete ser o centro das atenções nos próximos capítulos judiciais envolvendo o ex-presidente e seus correligionários. A retórica incisiva e as estratégias legais empregadas pela defesa reforçam a tensão e a complexidade do cenário político brasileiro.

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