Angelina, que está na Rosas de Ouro desde sua fundação em 1971, assumiu a presidência após o falecimento de seu pai, o respeitado Eduardo Basílio. Ela passou por diversas funções dentro da escola, desde porta-bandeira até diretora de eventos, mostrando sua dedicação e envolvimento com a comunidade do samba desde jovem.
A presidente destaca a importância do legado deixado por seu pai e encara a responsabilidade de liderar a agremiação como um dom e uma missão de vida. Ela ressalta que o aprendizado sobre o universo do samba veio de sua convivência com seu pai, que a introduziu desde cedo nos processos de montagem de uma escola de samba.
No entanto, a trajetória de Angelina não foi isenta de desafios. Ao assumir a presidência da Rosas de Ouro, ela enfrentou preconceitos e descrenças por ser uma mulher em um cargo tradicionalmente ocupado por homens. Mesmo diante das adversidades, Angelina mostrou sua competência e determinação, conquistando o respeito e a admiração dos integrantes da agremiação.
Além dos obstáculos enfrentados no âmbito profissional, Angelina também teve que lidar com situações perigosas, como ameaças e até mesmo um incidente em que foi baleada ao sair da quadra da escola. Mesmo diante de todos os desafios, a presidente da Rosas de Ouro se mantém firme em sua missão de manter viva a tradição e a excelência da escola de samba.
Com inúmeros prêmios e homenagens recebidos ao longo de sua trajetória, Angelina se orgulha de ter superado as adversidades e de ter conquistado vitórias no Carnaval. Ela destaca a importância de perseverar na fé e na luta contra o preconceito, inspirando outras mulheres a ocuparem posições de destaque e liderança.
Dona Angelina, como é carinhosamente chamada pela comunidade do samba, é uma referência para todos e se orgulha de sua postura correta e acolhedora. Ela ressalta a importância de quebrar paradigmas e mostrar que as mulheres têm muito a contribuir para o sucesso das escolas de samba e do Carnaval como um todo.