O Partiu IF vai oferecer aulas e atividades de reforço educacional para alunos selecionados da rede pública, com foco naqueles em situação de vulnerabilidade. O intuito é prepará-los para os exames de seleção dos institutos federais, contribuindo assim para a redução das desigualdades educacionais. O ministro da Educação, Camilo Santana, revelou que os estudantes receberão uma ajuda de custo mensal de R$ 200 durante oito meses, além de uma bolsa no mesmo valor do Pé-de-Meia para auxiliar nos custos do cursinho.
O programa visa ampliar as oportunidades de acesso à educação profissional técnica de nível médio, com ênfase na recuperação de aprendizagens de estudantes que enfrentaram desigualdades étnico-raciais na educação. O ministro destacou que terão prioridade na seleção os jovens negros, quilombolas, indígenas e pessoas com deficiência, desde que tenham renda familiar per capita de até um salário mínimo.
A meta do Partiu IF é preparar cerca de 78 mil estudantes do 9º ano do ensino fundamental da rede pública até 2027, visando ingresso nos cursos técnicos integrados ao ensino médio das instituições federais. O investimento previsto pelo MEC é de R$ 463 milhões para alcançar esse objetivo.
As aulas do programa terão dois eixos de formação: Ciclo Básico e Formação Suplementar, totalizando 320 horas. O ciclo básico abrangerá disciplinas como linguagem, matemática e ciências naturais, além de oficinas de redação. Já a formação suplementar focará no acompanhamento psicopedagógico dos estudantes, monitoramento do progresso acadêmico e emocional, bem como orientação individual e em grupo.
As atividades do Partiu IF terão início no próximo sábado (15) e serão distribuídas em cerca de 650 turmas, com 40 alunos em cada uma. O programa piloto teve início em agosto de 2024 no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas, no campus Pouso Alegre.
