No acumulado dos últimos 12 meses, o IPCA atingiu 5,06%, ultrapassando a meta estabelecida pelo governo, que era de 3%, com tolerância de 1,5 ponto para cima ou para baixo. Com esse resultado, é o segundo mês consecutivo que a inflação fica acima do limite estabelecido.
A alta da energia elétrica foi o principal fator que contribuiu para o aumento da inflação em fevereiro, representando um impacto de 0,56 ponto percentual no índice. O fim do desconto na conta de luz, conhecido como Bônus Itaipu, fez com que o preço da energia residencial subisse significativamente, passando de uma queda de 14,21% em janeiro para uma alta de 16,80% em fevereiro.
Além da energia elétrica, a educação também teve um impacto relevante na inflação, com um aumento de 4,7% nos preços, especialmente nas mensalidades escolares. No entanto, o aumento dos alimentos desacelerou em fevereiro, subindo 0,70% em comparação com 0,96% do mês anterior.
No grupo de transportes, o aumento de 2,89% nos combustíveis também contribuiu para a elevação do IPCA. A gasolina, em particular, teve um aumento de 2,78%, sendo um dos principais fatores de pressão inflacionária.
Em resumo, a inflação de fevereiro foi impulsionada principalmente pelo aumento nos preços da energia elétrica e pela alta nos combustíveis. A ausência de descontos e a retomada das atividades econômicas após o período de festas contribuíram para esse cenário de elevação de preços em diversos setores da economia.