A ideia da OPMBr surgiu de uma conversa entre veteranos de engenharia do Instituto de Tecnologia Aeronáutica (ITA), na qual se discutia maneiras de melhorar os níveis de conhecimento básico em matemática no país. Apesar de pertencer ao Grupo 5 da Internacional Mathematical Union (IMU), o Brasil ocupa a 65ª posição no ranking de 81 países que participaram do último Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (PISA) na área de matemática.
Os professores inscritos para esta edição serão avaliados online em junho. Os classificados terão que enviar um vídeo demonstrando o trabalho desenvolvido em sala de aula, abordando metodologias, experiências e resultados, que serão avaliados em agosto. A terceira fase consiste em entrevistas realizadas pelo Conselho Acadêmico da competição, em setembro, com os vencedores sendo divulgados em novembro e iniciando o intercâmbio em abril de 2026.
A importância da competição, segundo a professora Jaqueline Mesquita, do Conselho Acadêmico da Olimpíada e presidente da Sociedade Brasileira de Matemática, está em identificar não apenas os conteúdos trabalhados, mas também como são transmitidos. A competição também serve para mapear as assimetrias regionais no ensino da matemática e propor políticas públicas mais eficientes visando melhorar o ensino da disciplina.
Um dos vencedores da última edição da OPMBr foi Rubens Lopes Netto, que começou sua jornada com a matemática ainda na infância, incentivado pelo pai. Atualmente, além de atuar na formação de professores no governo do Maranhão, Rubens destaca a importância da experiência adquirida na competição, que o levou a visitar escolas na China e aplicar seus conhecimentos em seminários para outros professores. De acordo com Rubens, a viagem foi fundamental para analisar as diferenças no ensino da matemática entre os dois países e implementar mudanças a longo prazo.
Em resumo, a OPMBr vem se consolidando como uma importante ferramenta para valorizar e aprimorar o ensino da matemática no Brasil, reconhecendo e premiando os professores que se destacam em suas práticas pedagógicas e no conhecimento da disciplina. A competição não apenas incentiva o aperfeiçoamento docente, mas também contribui para o desenvolvimento de políticas públicas mais eficazes na área educacional.