A Confederação Nacional da Indústria (CNI) destacou em nota que a decisão do Copom não considerou outros fatores que poderiam contribuir para a redução da inflação, como a queda do dólar e do preço do petróleo no mercado internacional. A valorização cambial e a diminuição do valor do barril de petróleo deveriam ter sido levadas em conta, segundo a CNI.
A Associação Paulista de Supermercados (Apas) também se manifestou, pedindo mais “parcimônia” na política monetária para não prejudicar ainda mais a economia brasileira, que já possui uma das maiores taxas reais de juros do mundo. A entidade ressaltou que a alta da Selic dificulta o investimento no país e impacta negativamente os empregos e o consumo das famílias.
Por outro lado, a Associação Comercial de São Paulo (ACSP) considerou que a decisão do Copom estava alinhada com as expectativas do mercado financeiro. Para a entidade, o Banco Central precisa aumentar os juros enquanto os gastos do governo estiverem elevados para controlar a inflação.
As centrais sindicais também criticaram a elevação dos juros, apontando que essa medida só beneficia um pequeno grupo de rentistas e aumenta o aperto financeiro sobre a população. A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro da Central Única dos Trabalhadores (Contraf-CUT) e a Força Sindical ressaltaram que a política econômica atual não está alinhada com os interesses da classe trabalhadora e trará efeitos negativos sobre a criação de empregos e a geração de renda.
Diante desse cenário, fica evidente a divergência de opiniões sobre a elevação da taxa Selic e seus impactos na economia brasileira, o que gera incertezas no cenário econômico nacional.