O Catar anunciou que deixará a Opep em janeiro de 2019 para se concentrar em seus negócios de gás.
O país é um dos menores produtores de petróleo entre os membros da Opep, mas o maior exportador mundial de gás natural liquefeito (GNL).
Apesar disso, está envolvido em uma disputa diplomática prolongada com a Arábia Saudita e alguns outros Estados árabes.
O governo de Doha informou que sua decisão não foi motivada por política, mas, em um aparente ataque a Riad, o ministro de Estado para Assuntos Energéticos, Saad al-Kaabi, disse: “Não estamos dizendo que vamos sair do setor petrolífero, mas isso é controlado por um organização gerida por um país”. Ele não nomeou a nação.
Al-Kaabi disse que Doha se concentrará em seu potencial de gás porque não é prático para o Catar “colocar esforços, recursos e tempo em uma organização na qual somos um participante muito pequeno, e eu não tenho nada a dizer sobre o que acontece”.
Delegados da Opep, que tem 15 membros, incluindo o Catar, procuraram minimizar o impacto, mas perder um membro de longa data prejudica a tentativa de mostrar uma frente unida antes de uma reunião que deverá reduzir o corte de oferta para reforçar os preços do petróleo.