Os primeiros elementos da investigação sobre os atentados que deixaram 321 mortes no domingo de Páscoa (21) no Sri Lanka apontam para represálias pelo massacre em duas mesquitas na Nova Zelândia, o ministro da Defesa do país. O Estado Islâmico reivindicou a autoria dos ataques nesta terça-feira (23).
“As investigações preliminares revelaram que o que ocorreu no Sri Lanka foi em represália aos ataques contra os muçulmanos de Christchurch”, afirmou Ruwan Wijewardene. Porém, o ministro não deu mais detalhes. Em 15 de março, um homem fortemente armado invadiu duas mesquitas na Nova Zelândia, deixando 50 mortos.
Quarenta suspeitos de ter alguma relação com o ataque de domingo foram detidos. O Estado Islâmico, embora tenha reivindicado a autoria da ação, não apresentou provas de que os terroristas mantinham algum vínculo com o grupo radical.
O governo atribuiu os atentados à organização radical islâmica National Thowheeth Jama’ath (NTJ). Wijewardene afirmou que as investigações revelam que esse grupo tem vínculos com o relativamente desconhecido movimento islâmico radical na Índia, o JMI (Jamaat-ul-Mujahideen India). As autoridades têm poucas informações sobre o JMI, exceto alguns dados revelados ano passado e que está ligado a um grupo de nome similar em Bangladesh.
O governo afirmou que vai pedir ajuda externa para rastrear ligações internacionais e a Interpol já anunciou que vai enviar uma equipe ao país asiático.
O país fez três minutos de silêncio em homenagem às vítimas nesta terça-feira. Nesta manhã, 30 pessoas foram enterradas. O Sri Lanka está em estado de emergência, em uma tentativa de prevenir novos ataques. A medida concede à polícia e aos militares amplos poderes para deter e interrogar sem ordem judicial. (G1)