PREVENÇÃO AO CORONAVÍRUS – Infectologista do Hospital da Mulher orienta sobre o uso correto da máscara de proteção

Especialista explica em quais situações esse EPI deve ser utilizado

Foto: Marcel Vital

A recomendação do Ministério da Saúde (MS) para que cada brasileiro fizesse a sua própria máscara caseira, visando se proteger do novo coronavírus, trouxe à tona muitas dúvidas sobre como e quando utilizar esse Equipamento de Proteção Individual (EPI). A infectologista e diretora-médica do Hospital da Mulher Dra. Nise da Silveira, Sarah Dominique Dellabianca, explica as diferenças e as indicações de uso dos vários tipos de máscaras. A especialista também orienta sobre quais são os pontos básicos a serem observados na confecção de uma máscara caseira, assim como, as regras de uso.

A profissional recomenda que, ao sair de casa, seja por qual motivo for, o ideal é optar pela máscara de fabricação caseira. “É suficiente para se proteger contra as partículas lançadas pelas pessoas enquanto falam, espirram ou tossem em locais aglomerados, estejam elas com sintomas ou não da Covid-19. Vale ressaltar que esse tipo de máscara precisa ser trocada sempre que estiver umedecida ou danificada. Se você passar longas horas fora de casa, leve mais de uma, a fim de garantir a proteção física da sua face”, orienta a médica.

Embora a máscara esteja preconizada pelo Ministério da Saúde (MS) para qualquer momento em que se estiver fora de casa, a médica infectologista frisa que é imprescindível usá-la sempre que estiver dentro de um transporte coletivo, numa fila de banco ou dentro de algum estabelecimento com muitas pessoas. “É importante lembrar que, quando estiverem nesses locais, procurem manter distância de pelo menos dois metros uns dos outros. Desta maneira, se proteger não só a si, mas, também, outras pessoas. Procure levar seu álcool em gel a 70% e, sempre que possível, lave suas mãos com água e sabão”, destaca.

Higienização

Em relação à lavagem das máscaras de fabricação caseira, a especialista explica que elas podem ser higienizadas com qualquer tipo de sabão. “Isto posto, o vírus vai morrer após ser envolvido pela água e pela espuma do sabão. Então, não precisa ter maiores preocupações. Outra coisa que a população pode e deve fazer é colocar a máscara em água fervente, pois, acima de 60° graus, o vírus não sobrevive. Já as máscaras que tiverem a possibilidade de ficar submersas em alvejantes, a exemplo do hipoclorito de sódio, você pode deixá-las num período de quinze a trinta minutos numa solução a 1%”, explicou, ao ressaltar que depois de seca, você pode usar a máscara novamente. Contudo, é importante destacar que só esse tipo de máscara que pode ser lavada e reutilizada. A cirúrgica e a n95 não podem ser lavadas.

Como usar

Segundo Dominique, a máscara, seja ela caseira, cirúrgica ou a n95, deve ser colocada acima do nariz e abaixo do queixo. Dessa forma, a maior parte do seu rosto estará protegida. O elástico, por sua vez, deve estar sempre disposto de modo paralelo e nunca pode cruzar a lateral da orelha. Isso porque, fazendo dessa maneira, você vai evitar a entrada de ar na face.

Ainda de acordo com Dominique, a máscara cirúrgica e a n95 estão voltadas exclusivamente para os profissionais de saúde. “Até porque, a transmissão do SARS-CoV-2, que causa a Covid-19, é por meio de gotículas. Portanto, não tem cabimento científico de as pessoas estarem usando a n95 na rua”, frisa.

A máscara n95, segundo a especialista, é altamente eficaz para proteger o profissional de saúde contra pequenas partículas transportadas pelo ar, seja em procedimentos como a intubação ou no momento da coleta do swab. “Em outros atendimentos, o padrão deve ser utilizar a máscara cirúrgica ou a de fabricação caseira, somadas a outros equipamentos como luvas, gorros e aventais descartáveis”, concliu Sarah Dominique Dellabianca.

Agência Alagoas

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