Todos nós estamos acompanhando perplexo a partidarização das ações da polícia federal, pois hoje a corporação está dividida entre aqueles que seguem o Presidente em função de ascensão na carreira e melhores salários e outros que seguiam o Moro pelos mesmos motivos. Se o ex-ministro tivesse mantido a indicação de Valeixo na Direção Geral da PF a mesma estaria ao seu dispor e focaria suas ações em perseguição a políticos e empresários preparando sua ida para o STF ou para uma candidatura a Presidente da República com a bandeira anti-corrupção(o que não está descartado). Como a indicação ficou com Bolsonaro a PF vai em 70%(setenta por cento) de suas ações servir ao Presidente como se fosse uma guarda revolucionária iraniana.
Nos últimos 15/20 anos a PF mudou o foco de suas ações e se notabilizou em dar nomes jocosos ás suas operações e focou na perseguição de pessoas públicas que viravam desafetos de alguns interesses econômicos ou políticos.
A prova mais cabal de que estamos submetidos ao risco eminente de um “Estado policial” não é o emprego ideologicamente seletivo das algemas. É, sim, a autorização absurdamente descontrolada e leviana por magistrados de expedir mandados de busca e apreensão na casa de quaisquer cidadãos arrolados como suspeitos em operações policiais que na prática significa tentar desmoralizar para só depois investigar.
Há uma clara falta de isenção da PF, não há garantia de imparcialidade das investigações, os agentes estão comprovadamente atuando com postura tendenciosa, onde não se ver credibilidade para investigação criminal.
Aqui em Alagoas, poderia citar vários exemplos descarados de operações da PF que só tinham por objetivo desmoralizar cidadãos e servir a interesses de adversários ou de agentes policiais que notadamente tinham interesse em postular mandato eletivo, mesmo que destruíssem a biografia do investigado.
A PF precisa de uma profunda mudança na sua concepção e nos métodos operacionais para que possa cumprir a sua missão, visão e valores.
