Os dados da Corregedoria-Geral da Justiça (CGJ), diz que Alagoas está, atualmente, com 316 pessoas habilitadas para a adoção e 40 crianças e adolescentes prontos para serem adotados. Mas o que acaba dificultando, na maioria das vezes, a conclusão desse processo é o perfil escolhido pelas famílias.
Segundo a juíza Laila Kerckhoff, a maioria dos candidatos busca por crianças que tenham de zero a dois anos, que sejam brancas, meninas e sem irmãos. Outra exigência é que tenham olhos azuis e cabelos loiros e lisos. Porém, essa não é a realidade encontrada nos abrigos. “São muitas as crianças e os adolescentes de cor negra, que já estão com a idade mais avançada, possuem irmãos ou algum tipo de deficiência. É importante que haja uma flexibilização do perfil, para que a fila da adoção ande mais rápido”, disse a magistrada, que participou do 7º Encontro Estadual de Adoção, realizado nesta quinta-feira (25), na sede do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL).
O juiz Alberto de Almeida, da 1ª Vara da Infância e Juventude de Arapiraca, diz que muitos pretendentes reclamam da demora na habilitação, mas que o procedimento é importante. “Temos que ter cuidado ao escolher o lar para onde vão essas crianças e adolescentes, para que não passem por nova situação de abandono ou até de abuso”, ressaltou.
Encontro Estadual de Adoção
O 7º Encontro Estadual de Adoção foi promovido pela Corregedoria-Geral da Justiça de Alagoas, por meio da Comissão Estadual Judiciária de Adoção Internacional (Cejai) e da Coordenadoria Estadual da Infância e da Juventude (Ceij). O intuito do evento foi abordar temas que incentivasse a adoção no Estado.