Afronta: Comandante de batalhão no Sertão se perpetua no cargo

No Sertão alagoano, onde está localizado o 9º Batalhão (9º BPM), um oficial tem se mantido no comando há cerca de seis anos, fato que vai de encontro ao regulamento da corporação.

Lá, o tenente-coronel Anaximandro Tenório tem sob sua responsabilidade a segurança das famílias de diversos municípios, a exemplo de Piranhas, que faz divisa com o Estado de Sergipe e Delmiro Gouveia, que faz divisa com a Bahia, duas cidades consideradas pelas autoridades policiais como “porta de entrada” da droga no Sertão alagoano, além de Olho d’Água do Casado, Inhapi, Canapi e Mata Grande, cidades onde tem crescido o número de assaltos a mão armada e homicídios. 

Além das cidades, é dever do batalhão patrulhar grande parte do Canal do Sertão, rota fácil de fuga de traficantes e homicidas. De um lado a(s) figura(s) anônima agradada pelo oficial que tem se perpetuado no cargo, num flagrante desrespeito à instituição, afrontada por interesses escusos. No lado oposto está o patrimônio pessoal do tenente coronel, um caso flagrante de incompatibilidade diante do salário que ele recebe.

O Ministério Público, já sabedor das anomalias administrativas, investiga profundamente o porquê da permanência do oficial no comando do batalhão por tantos anos. Paralelo a essa investigação, também é investigado a origem do patrimônio pessoal do comandante do 9º BPM. 

O militar Silva Junior era apadrinhado do antigo comandante geral, o coronel Sampaio.  Tanto o Silva Junior quanto o Anaximandro pagavam viagens para o Sampaio, jantares e presentes como voltas de ouro. No ano de 2019, Silva Junior e Anaximandro pagaram uma viagem de cruzeiro para o então comandante geral, o Cel Sampaio.

Porém, o interessante é que o Cel Sampaio entrou na justiça pedindo indenização do estado por nunca ter tirado nenhuma férias durante os 34 anos de polícia. Mas ele viajou nesse cruzeiro e não pediu desconto nas férias.  O espaço está aberto para o oficial se defender e explicar todas as denúncias.

 

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