O conjunto habitacional Edson Novaes, no município de Rio Largo, construído para moradia das vítimas da enchente de 2010, foi depredado.
Ele possui três blocos de casas que deveriam ter sido entregues há cinco anos, mas com o atraso das obras, o local foi invadido por cerca de 300 famílias, onde algumas nem eram de Rio Largo.
Cícero José da Rocha, perdeu a casa na Chã da Jaqueira e decidiu se mudar para o município após receber o convite de um parente. “Eu não me sinto culpado, e não me sinto um invasor. O conjunto estava completamente vazio”, disse Cícero.
Na entrada de uma das casas não havia porta e a instalação elétrica também não funcionava. A pia de quase todas as casas foram levadas e as telhas estavam todas no chão. Um local que seria uma unidade de saúde, está com infiltração e com as paredes mofadas.
Em abril deste ano, a Justiça Federal determinou a reintegração de posse das casas que foram desocupadas.
O gari Givanilson Alves e sua esposa Ana Maria Silva moraram aproximadamente quatro anos no conjunto, mas agora vivem de aluguel. Segundo eles, não há ajuda da Prefeitura, e eles vivem de um salário mínimo. “Nós não queremos nada de ninguém, apenas uma casa”, disse dona Ana.
Auxílio Moradia
A Secretaria de Assistência Social de Rio Largo informou que nenhuma família recebeu o valor do auxílio moradia devido a falta de verbas da Prefeitura, e que a situação deve ser resolvida até a próxima sexta-feira (16). A secretaria ainda informou que somente as famílias do município terão direito aos benefícios.