Todo ano eleitoral é a mesma conversa, “estamos cansados dos mesmos políticos no poder”, ou “Por que toda eleição são os mesmos que se candidatam?”, ou “entra eleição, sai eleição e sempre os mesmos nomes ficam no poder”. Mas o que é que está acontecendo de errado? O que deve acontecer para que exista uma mudança? Será que um dia nos livraremos desses políticos profissionais?
O fato de termos essa conversa só significa que realmente estamos em ano de eleição, e por assim dizer, esse é o primeiro erro que estamos cometendo. Por que só paramos para conversar sobre mudança, insatisfação política só as vésperas de uma eleição? Por que não agimos logo? Porque meu amigo, estamos no Brasil. E infelizmente essa é a nossa cultura. Gostamos de ver o circo pegar fogo, para só depois tentarmos apagar.
Por mais que poucos se mobilizem para um esclarecimento coletivo, os que detêm o poder possuem mais influencia e assim, certas circunstancias são contornadas, ou abafadas. E assim ficamos presos nesse jogo perverso de marionetes, onde são os políticos que puxam as cordas das eleições, manipulando opiniões, e notícias e votos para permanecerem no poder.
Falamos em políticos profissionais, mas o que desejamos mesmo é a profissionalização na política, que os políticos que serão eleitos sejam mais honestos e competentes. O jurista Luiz Flávio Gomes defende uma mudança no sistema da gestão: M1M e M2M, ou seja, no máximo um mandato para o Executivo e dois para o Legislativo. No executivo o mandato poderia ter sua duração elevada para cinco anos e no Legislativo poderia ter apenas uma reeleição.
Se a teoria defendida pelo Jurista é a melhor opção a ser feita, não podemos afirmar com certeza, mas é uma clara intenção de mudança que o nosso país precisa. Com o tempo de gestão ameaçado, esses profissionais teriam que folgar as gravatas e suar as camisas para mostrar serviço afim de que sejam lembrados as eleições como “políticos atuantes”, que buscam o melhor para o Brasil.
Não será por meio de corrupção e ignorância que o Brasil irá encontrar a prosperidade, mas sim por meio do trabalho, e ser político é um trabalho. Representar sua comunidade, cidade, estado, região e nação é sim uma profissão. Eles estão aqui para defender nossos direitos e buscar melhores condições de vida para todos nós.
Nessas eleições você vai escolher um profissional da política ou um político profissional? No dia sete de outubro a decisão é sua.