ALAGOAS – Municípios pedem reparação da Braskem e analisam impacto dos danos causados, busca-se ressarcimento dos prejuízos.

Municípios localizados na região metropolitana de Maceió estão avaliando a extensão dos danos causados pela mineradora Braskem e exigem ressarcimento pelos prejuízos causados. Essa medida vem após a empresa fechar acordo judicial somente com a cidade de Maceió, no valor de R$ 1,7 bilhão.

Para discutir esse assunto, prefeitos dos municípios afetados criaram um grupo de trabalho (GT) que será responsável por fazer um diagnóstico detalhado dos danos provocados pela Braskem. O objetivo é que a empresa indenize todas as cidades impactadas pelo afundamento do solo devido à extração de sal-gema.

A criação do GT foi deliberada durante uma reunião da Assembleia da Região Metropolitana, realizada no último dia 17. O grupo vai representar os municípios em uma mesa de negociação com a mineradora, buscando um ressarcimento que siga os mesmos parâmetros do acordo feito com Maceió. No entanto, o município de Maceió, que também faz parte da assembleia, não participou do encontro e enviou um ofício solicitando o cancelamento da reunião.

O secretário de Planejamento, Gestão e Patrimônio, Gabriel Albino, explicou que o GT irá apurar a extensão dos danos causados e realizar diagnósticos em áreas como demografia, meio ambiente, saúde, infraestrutura, transporte e mobilidade urbana. A partir desses dados, será possível mediar um diálogo com a Braskem para a compensação dos danos em todas as regiões afetadas pelo afundamento do solo.

O Grupo de Trabalho será composto por cinco integrantes, sendo o presidente da Assembleia Metropolitana e prefeito de Murici, Olavo Calheiros Neto, o prefeito de Rio Largo, Gilberto Gonçalves, o prefeito de Marechal Deodoro, Claudio Roberto Ayres da Costa, o prefeito de Pilar, Renato Filho, e a Secretaria de Estado do Planejamento, Gestão e Patrimônio (Seplag) como representante do Estado de Alagoas.

O GT terá um prazo de até 60 dias, podendo ser prorrogado por mais 60, para obter informações sobre os critérios utilizados pela Braskem para calcular os valores do acordo com Maceió. Com base nas respostas da mineradora, a Assembleia Metropolitana espera iniciar negociações com os demais municípios afetados, buscando um futuro ressarcimento dos prejuízos causados pelo afundamento do solo.

É importante destacar que a Braskem enfrenta diversas ações judiciais e investigações relacionadas ao fenômeno de afundamento do solo em Alagoas, causado pela exploração de sal-gema. Esse problema tem gerado impactos significativos na vida dos moradores e na infraestrutura das cidades afetadas, sendo imprescindível que as medidas de compensação sejam tomadas para reparar os danos causados.

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