De acordo com o general, Mauro Cid desempenhava o papel de ajudante de ordens e sua função se restringia a cumprir as ordens do presidente. Ele enfatizou que os depoimentos estão sendo utilizados de forma indevida e ressaltou que desconhece o teor das declarações de Cid, uma vez que o conteúdo ainda está sob sigilo.
Mauro Cid assinou um acordo de delação premiada com a Polícia Federal, e trechos de seus depoimentos foram vazados pela imprensa. Em um desses trechos, Cid teria afirmado que o general Augusto Heleno participou de reuniões com chefes das Forças Armadas e o hacker Walter Delgatti, com o intuito de elaborar um plano golpista. No entanto, Heleno afirmou que não se lembra ou que não participou dessas reuniões.
O deputado Rogério Correia (PT-MG) confrontou Heleno com imagens de Mauro Cid em uma reunião ao lado do general, do ex-presidente Jair Bolsonaro e dos chefes das Forças Armadas. O general alegou que essa reunião era algo raro e que Mauro Cid estava presente apenas para aguardar uma ordem do presidente. Segundo Heleno, a imagem apresentada corresponde a uma reunião ocorrida em 2019.
As acusações de Mauro Cid e as tentativas de minimizá-las por parte de Augusto Heleno colocam em evidência a complexidade das investigações sobre a tentativa de golpe ocorrida no início deste ano. A delação premiada do ex-ajudante de ordens trouxe à tona informações que podem ser cruciais para entender os bastidores desse episódio, porém, é necessário aguardar o desenrolar das investigações para tirar conclusões definitivas sobre a participação de cada indivíduo envolvido.
Enquanto isso, especialistas ressaltam a importância de se preservar a integridade das investigações e aguardar a divulgação oficial dos depoimentos e demais provas. O caso evidencia a necessidade de aprimoramento das instituições responsáveis pela investigação de crimes dessa natureza, visando a promoção da justiça e o combate à impunidade.