De acordo com informações fornecidas pela Caixa Econômica Federal, aproximadamente 84,5 mil trabalhadores ainda não sacaram o benefício, resultando em um montante total de R$ 71,1 milhões aguardando resgate.
O abono salarial foi criado em 1990 com o objetivo de fornecer auxílio financeiro a trabalhadores de menor renda. Todos os trabalhadores que tenham exercido função com carteira assinada em empresas jurídicas por, no mínimo, 30 dias, e recebido remuneração média de até dois salários mínimos, têm direito ao benefício. Além disso, é fundamental que as informações tenham sido devidamente fornecidas pelo empregador na Relação Anual de Informações Sociais (Rais) e que o trabalhador esteja cadastrado no programa PIS/Pasep há pelo menos cinco anos. Trabalhadores domésticos e empregados por pessoas físicas não têm direito ao abono.
No caso do abono deste ano, o valor é proporcional ao período em que o empregado trabalhou com carteira assinada em 2021. Cada mês trabalhado equivale a um benefício de R$ 108,50, com períodos iguais ou superiores a 15 dias contados como mês completo. Aqueles que trabalharam os 12 meses do ano com carteira assinada têm direito a receber o salário mínimo completo, equivalente a R$ 1.302.
Aqueles que perderem o prazo para o saque ainda terão a possibilidade de recuperar o dinheiro, mas apenas mediante a abertura de um processo administrativo junto ao Ministério do Trabalho.
Os recursos do Programa de Integração Social (PIS) são pagos pela Caixa Econômica Federal aos trabalhadores do setor privado, enquanto o dinheiro do Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep) é pago através do Banco do Brasil.
Os trabalhadores podem verificar se possuem direito ao benefício por meio do aplicativo Carteira Digital de Trabalho. Com o prazo se encerrando em breve, aqueles que têm o direito ao abono salarial devem se apressar para realizar o saque e garantir o recebimento do valor a que têm direito.