Os dados do Sistema de Valores a Receber (SVR) revelam que, até o fim de novembro, apenas 28,86% dos 60.225.711 correntistas listados desde o início do programa, em fevereiro de 2022, resgataram valores, totalizando 17.379.507 beneficiários.
Do total de correntistas que já resgataram os valores, 16.504.231 são pessoas físicas e 875.276 são pessoas jurídicas. Já entre os que ainda não realizaram o resgate, 39.786.602 são pessoas físicas e 3.059.602 são pessoas jurídicas.
A maior parte dos valores a serem resgatados corresponde a quantias pequenas, com 63,38% dos beneficiários tendo direito a receber até R$ 10. Além disso, 25,21% dos correntistas têm valores entre R$ 10,01 e R$ 100, 9,69% têm valores entre R$ 100,01 e R$ 1 mil, e apenas 1,71% têm direito a receber mais de R$ 1 mil.
Após quase um ano fora de operação, o SVR foi reaberto em março de 2023, com novas fontes de recursos, um novo sistema de agendamento e a possibilidade de resgate de valores de pessoas falecidas. Nesse sentido, foi informado que em março foram resgatados R$ 505 milhões esquecidos, enquanto em outubro o montante resgatado foi de R$ 178 milhões, representando uma queda em relação aos R$ 264 milhões resgatados no mês anterior.
A fase atual do SVR conta com importantes melhorias, como a impressão de telas e protocolos de solicitação para compartilhamento no WhatsApp, inclusão de todos os tipos de valores previstos na norma do sistema e uma sala de espera virtual. Além disso, também foi incluída a possibilidade de consulta a valores de pessoas falecidas, com acesso para herdeiros, testamentários, inventariantes ou representantes legais.
Dentre as fontes de recursos esquecidos incluídas pelo SVR, estão as contas de pagamento pré ou pós-pagas encerradas, contas de registro mantidas por corretoras e distribuidoras encerradas, e outros recursos disponíveis nas instituições para devolução.
O Banco Central alerta para golpes de estelionatários que se passam por intermediários de supostos resgates de valores esquecidos. A instituição ressalta que os serviços do Valores a Receber são gratuitos, e que não enviam links ou solicitam informações pessoais. Apenas a instituição financeira que aparece na consulta do Sistema de Valores a Receber pode contatar o cidadão, e o BC enfatiza que nenhum cidadão deve fornecer senhas e que ninguém está autorizado a fazer tal tipo de pedido.
