BRASIL – “Segundo encontro entre representantes da Venezuela e da Guiana para discutir a crise territorial de Essequibo será sediado no Palácio do Itamaraty”

O Palácio do Itamaraty será o local do segundo encontro entre representantes dos governos da Venezuela e da Guiana, agendado para essa quinta-feira (25), a fim de discutir a crise que envolve o território de Essequibo, disputado pelos dois países.

Os ministros das Relações Exteriores dos dois países participarão da nova rodada de diálogo sob mediação do chanceler Mauro Vieira, do governo brasileiro, e dos governos de São Vicente e Granadinas e Dominica, que atualmente preside o Mercado Comum e Comunidade do Caribe (Caricom). As três nações têm atuado como principais interlocutores na busca de uma resolução pacífica desde o início da crise, há quase dois meses.

Em dezembro de 2023, os presidentes da Venezuela, Nicolás Maduro, e da Guiana, Irfaan Ali, assinaram uma declaração conjunta na ilha caribenha de São Vicente e Granadinas, comprometendo-se a não usar a força um contra o outro na disputa pelo território. O governo brasileiro foi representado pelo assessor internacional da Presidência da República, Celso Amorim, durante a mediação dessa reunião.

No final do ano passado, a Venezuela realizou uma consulta popular que aprovou a incorporação de Essequibo, uma região disputada pelos dois países há mais de um século, e autorizou a exploração de recursos naturais na área, além de nomear um governador militar para a região. Essas ações aumentaram as tensões entre os dois países, levando o governo brasileiro a reforçar as tropas militares em Roraima, que faz fronteira com os dois países. O Brasil defende a resolução da controvérsia pela via do diálogo mediado.

Como o Brasil faz fronteira simultânea com Guiana e Venezuela, um eventual conflito militar poderia representar ameaças para parte do território brasileiro em Roraima. Portanto, é do interesse do Brasil e de toda a região que a questão seja solucionada de forma pacífica e diplomática. A mediação do governo brasileiro e a atuação dos países de São Vicente e Granadinas e Dominica são passos positivos nesse sentido.

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