Nesta quarta-feira (27), uma reunião realizada no Palácio do Planalto e coordenada pelo ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, contou com a presença dos governadores Carlos Brandão (Maranhão), Romeu Zema (Minas Gerais), Ronaldo Caiado (Goiás), Mauro Mendes (Mato Grosso), Eduardo Riedel (Mato Grosso do Sul), Wanderlei Barbosa (Tocantins), da vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão, e do secretário de Meio Ambiente da Bahia, Eduardo Sodré. Além dos governadores, participaram da reunião os ministros de Agricultura e Pecuária, Meio Ambiente e Mudança do Clima, Planejamento e Orçamento, Ciência, Tecnologia e Inovação.
A ministra Marina Silva comentou com os jornalistas após o encontro que o governo federal tem um grande poder de ação na Amazônia, enquanto no Cerrado são os estados que possuem maior influência. A criação da força-tarefa com a participação direta dos governadores visa unificar as bases de dados dos estados com o governo federal, retomando a alimentação do Cadastro Ambiental Rural (CAR) enfraquecido no governo anterior.
O monitoramento realizado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) apontou que o Cerrado teve um aumento de 19% nos alertas de desmatamento em fevereiro deste ano, com uma perda de 3.798 quilômetros quadrados de vegetação nativa no período de agosto de 2023 a fevereiro de 2024. A situação é mais crítica nos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, conhecidos como Matopiba, sendo responsáveis por quase 75% do desmatamento no bioma.
Durante a reunião, o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima alertou sobre os impactos do desmatamento no solo e as mudanças climáticas na região do Matopiba, destacando uma diminuição no volume de água dos rios e processos de desertificação. A força-tarefa conta com o apoio dos estados para acessar recursos do Fundo Amazônia e implementar medidas de monitoramento e controle em outros biomas.
