A defesa de Bolsonaro argumentou que seria “ilógico” insinuar que o ex-presidente buscava asilo político durante sua estadia na embaixada húngara em Brasília no mês passado. Essa justificativa foi enviada ao STF após Moraes conceder um prazo de 48 horas para que Bolsonaro explicasse sua presença na embaixada.
Segundo informações divulgadas pelo jornal The New York Times, Bolsonaro permaneceu na embaixada entre os dias 12 e 14 de fevereiro deste ano. Vale ressaltar que, dias antes, em 8 de fevereiro, o passaporte do ex-presidente foi apreendido por determinação de Moraes no contexto da Operação Tempus Veritatis, que investiga uma possível conspiração para um golpe de Estado após as eleições de 2022.
De acordo com as normas internacionais, a área de uma embaixada é considerada inviolável pelas autoridades do país anfitrião, o que conferiria a Bolsonaro uma imunidade contra um eventual mandado de prisão. O ex-presidente mantém uma relação próxima com o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, sendo que ambos já trocaram visitas e elogios públicos.
Diante desse cenário complexo e cheio de controvérsias, o ministro Moraes deverá aguardar o posicionamento da PGR para então decidir os próximos passos a respeito do caso. A presença de Bolsonaro na embaixada da Hungria é mais um capítulo em um enredo político que continua a gerar repercussões e debates acalorados.