BRASIL – “Nascimentos no Brasil em 2022 têm queda de 3,5%, atingindo menor patamar em 45 anos, aponta IBGE”

Em 2022, o Brasil registrou um total de 2.542.298 nascimentos, de acordo com dados das Estatísticas de Registro Civil divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse número representa uma queda de 3,5% em relação ao ano anterior e uma redução de 10,8% se comparado à média dos anos anteriores à pandemia de covid-19, de 2010 a 2019. Essa diminuição marca o quarto ano consecutivo de queda nos nascimentos registrados, atingindo o menor patamar desde 1977, há 45 anos.

A pesquisadora do IBGE, Klívia Brayner, destacou que a redução da natalidade e fecundidade no Brasil, já apontada pelos últimos censos demográficos, em conjunto com os efeitos da pandemia, são fatores a serem considerados ao analisar a evolução dos nascimentos no país nos últimos anos. Houve quedas em todas as regiões do Brasil de 2021 para 2022, com os maiores destaques nas regiões Nordeste e Norte.

Entre os estados, Paraíba, Maranhão, Sergipe e Rio Grande do Norte foram os que mais registraram reduções nos nascimentos, enquanto Santa Catarina e Mato Grosso foram os únicos estados a apresentar aumento no número de nascimentos. Março e maio foram os meses com maior número de nascimentos em 2022, enquanto outubro teve o menor registro.

Além disso, houve uma mudança no perfil das mães, com uma diminuição da participação das mães com menos de 30 anos e um aumento na participação das mães com 30 anos ou mais. O total de nascimentos não registrados em 2021 foi estimado em 55.511.

Em relação aos óbitos, o Brasil registrou 1,5 milhão de mortes em 2022, uma queda de 15,8% em relação ao ano anterior. Essa diminuição é atribuída principalmente à imunização da população contra a covid-19. Apesar disso, 2022 apresentou um aumento nos óbitos em comparação a 2019, ano pré-pandemia.

Um dado preocupante foi o aumento do número de mortes na população com menos de 15 anos, revelando um crescimento de 7,8% em relação a 2021. Esse aumento pode ter relação com a vacinação tardia de crianças e adolescentes contra a covid-19, já que as principais causas de óbito nessa faixa etária são doenças respiratórias.

Portanto, os dados de nascimentos e óbitos em 2022 refletem as diferentes realidades e impactos relacionados à pandemia e à dinâmica demográfica do país.

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