BRASIL – Justiça Federal determina saída de invasores da Terra Indígena Alto Rio Guamá, no Pará, com apoio da Força Nacional.

A Justiça Federal determinou a desintrusão da Terra Indígena (TI) Alto Rio Guamá, localizada no nordeste do Pará. O caso envolveu a reintegração de posse da área, que abriga povos indígenas como Tembé, Timbira, Urubu-Kaapór e Guajajara. A decisão foi resultado de um pedido do Ministério Público Federal (MPF) e se deu após relatos de líderes locais sobre a reinvadiram da área por cerca de 20 famílias no último domingo (24).

A TI Alto Rio Guamá foi oficialmente reconhecida como território indígena em 1945 e homologada em 1993. No entanto, não indígenas que haviam sido indenizados ou invadiram a área após a homologação permaneciam no local irregularmente. Essa situação motivou a operação de desintrusão em 2023.

A juíza federal Mariana Garcia Cunha determinou que a Força Nacional de Segurança Pública (FNSP) intime os não indígenas para deixarem a área, com apoio da Polícia Federal (PF). Além disso, a Funai foi solicitada a tomar medidas imediatas para garantir a proteção territorial.

A decisão ainda exigiu um cronograma de ações institucionais para proteção e retirada de não indígenas, bem como a apresentação de informações e prazos pela Funai e Incra em até 10 dias. A magistrada enfatizou a importância da atuação dos órgãos responsáveis para evitar novas invasões e resolver conflitos.

O MPF emitiu recomendações ao governo do Pará, solicitando a manutenção da presença da Força Nacional na área por 180 dias para garantir a segurança das comunidades indígenas. O Incra declarou ter participado ativamente do processo de desintrusão, fornecendo informações e planejando a realocação das famílias não indígenas.

A Funai informou que realizou a Etapa de Manutenção após a desintrusão, com medidas para evitar novas invasões. Equipes da Funai e Força Nacional atuaram em conjunto para resolver a situação recente de invasões nas regiões do Pepino e Pedão.

A situação na TI Alto Rio Guamá demonstra a complexidade das questões territoriais indígenas no Brasil e a importância de ações coordenadas entre órgãos governamentais para garantir a proteção dos povos indígenas e a preservação de seus territórios. A atuação conjunta da Justiça, MPF, Funai e outros órgãos é fundamental para assegurar os direitos e a segurança das comunidades indígenas.

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