Apesar de não ter recorrido à violência, os protestos promovidos por Honestino foram o suficiente para que, quase quatro anos depois, ele fosse preso e expulso da universidade. Mesmo estando próximo de concluir seu curso de geologia, com apenas 11 créditos restantes, sua trajetória foi interrompida de forma brusca. No entanto, a UnB planeja reverter essa injustiça e entregar, de forma póstuma, o diploma a sua família, em uma cerimônia que está prevista para ocorrer no próximo dia 21 de abril, aniversário da universidade e da cidade de Brasília.
A atual reitora da instituição, Márcia Abrahão, destacou a importância desse gesto como um ato de justiça e reparação. Ela ressaltou que Honestino foi uma fonte de inspiração para seu engajamento em prol dos direitos humanos na universidade. Além disso, a biógrafa do líder estudantil, Betty Almeida, ressaltou a importância de lembrar e reconhecer a luta de figuras como Honestino, que defenderam a universidade pública e a liberdade em um período de repressão e violência.
A homenagem proposta pela UnB para reconhecer a trajetória de Honestino Guimarães demonstra um esforço da instituição em corrigir erros do passado e valorizar a memória daqueles que lutaram por ideais nobres. Com essa iniciativa, Honestino será finalmente reconhecido e aplaudido, mais de 50 anos após ter sido injustamente expulso da universidade e privado de seu direito de se formar.