Segundo a associação, a matéria estava pautada para ser julgada na sessão do CNJ no dia seguinte, o que tornaria inadequado o afastamento por decisão unilateral e às vésperas do julgamento. A Ajufe também defendeu a conduta dos magistrados afastados, ressaltando que possuem uma trajetória ilibada e décadas de serviços prestados à magistratura nacional sem qualquer mácula em seus currículos.
A decisão de afastar a juíza Gabriela Hardt foi baseada em supostas irregularidades em decisões que autorizaram o repasse de cerca de R$ 2 bilhões oriundos de acordos da Lava Jato para um fundo gerido pela força-tarefa da operação, entre 2015 e 2019. Além disso, o corregedor nacional de Justiça apontou que a juíza teria discutido os termos do acordo “fora dos autos” por meio do aplicativo de mensagens WhatsApp.
A juíza Gabriela Hardt optou por não se manifestar sobre seu afastamento, conforme informou a assessoria de imprensa da Justiça Federal em Curitiba. A liminar que determinou o afastamento dos magistrados será julgada pelo plenário do CNJ no dia seguinte. A decisão de Salomão levantou questionamentos sobre a legalidade e os procedimentos adotados, gerando debates quanto à forma e ao momento em que a medida foi implementada.