A situação causou estranhamento e gerou comentários do deputado Chico Alencar (PSOL-RJ), que presidiu a sessão do colegiado. Ele destacou a importância da função de relator no Conselho de Ética e questionou os motivos que levaram os deputados a declinarem da nobilíssima tarefa. Bruno Ganem alegou compromissos relacionados à sua pré-candidatura nas eleições municipais, enquanto Ricardo Ayres explicou que já havia sido designado para relatar outro processo de quebra de decoro parlamentar.
Com a desistência dos deputados, novos nomes foram sorteados, incluindo as deputadas Jack Rocha (PT-ES), Rosângela Reis (PL-MG) e o deputado Joseildo Ramos (PT-BA). Surpreendentemente, apenas Rosângela Reis votou a favor da libertação de Brazão. Agora, caberá ao presidente do Conselho, deputado Leur Lomanto Júnior (União/BA), escolher um novo relator a partir da lista sorteada.
Além disso, o Conselho de Ética também arquivou representações por quebra de decoro parlamentar contra quatro deputados, incluindo Ricardo Salles (PL-SP), General Girão (PL-RN), Lindbergh Farias (PT-RJ) e Sâmia Bomfim (PSOL-SP). As acusações variaram desde defesa da ditadura civil-militar até ataques a outros parlamentares durante Comissões Parlamentares de Inquérito.
Os relatores desses casos votaram pelo arquivamento, decisão que foi acatada pela maioria do Conselho. A sessão no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados foi marcada por reviravoltas e revelações surpreendentes, deixando em aberto o desfecho do processo contra Chiquinho Brazão e despertando o interesse da opinião pública sobre os rumos da política nacional.