A Associação Brasileira de Árbitros (Abrafut) e a Federação Paulista de Futebol (FPF) foram as primeiras entidades a se manifestarem contra os comentários de Diáz. A Abrafut classificou as declarações como “misóginas” e reiterou o profissionalismo das árbitras de vídeo atuantes na partida. A federação paulista também repudiou as falas do técnico argentino e saiu em defesa da árbitra Daiane Muniz, enfatizando a competência das profissionais independentemente do gênero.
O lance que originou a polêmica foi um pênalti não marcado a favor do Vasco, onde após revisão do VAR, a árbitra Daiane Muniz inicialmente concedeu a penalidade, mas posteriormente voltou atrás em sua decisão. Ramón Diáz, ao final da coletiva, se retratou das declarações, alegando que não tinha a intenção de ofender as árbitras e que sua crítica era direcionada à responsabilidade única de uma pessoa em uma decisão importante como o VAR.
Por sua vez, o Vasco da Gama também se pronunciou, lamentando as declarações do treinador e reafirmando seu compromisso com medidas educativas e diretrizes que respeitem os valores e princípios do clube. Em meio a mais um episódio de machismo no futebol, a discussão sobre igualdade de gênero e combate a qualquer tipo de discriminação se mantém relevante no cenário esportivo nacional. O respeito às profissionais da arbitragem e a promoção da diversidade seguem como pilares essenciais para a construção de um ambiente mais justo e igualitário no futebol brasileiro.
