A apresentação da proposta ocorreu durante a quarta reunião da Mesa Específica e Temporária que discute a reestruturação da carreira, na sede do MGI em Brasília. Além do reajuste salarial, o governo já havia formalizado uma proposta de aumento no auxílio-alimentação, no auxílio-saúde e no auxílio-creche para todos os servidores federais em 2024.
Segundo o ministério, levando em consideração os aumentos nos benefícios e o reajuste de 9% concedido no ano anterior, os técnicos teriam um reajuste médio global de mais de 20% para a carreira. A proposta apresentada também prevê a verticalização das carreiras, com uma matriz única com 19 padrões, diminuição do interstício da progressão por mérito de 18 para 12 meses e mudança no tempo até o topo das carreiras para 18 anos.
Os servidores técnico-administrativos da área de educação consideraram a proposta do governo como “irrisória e decepcionante”. O Sindicato Nacional dos Servidores da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe) afirmou que as negociações realizadas até o momento não atendem às demandas dos servidores, que reivindicam uma recomposição salarial maior, a reestruturação das carreiras e a revogação de normas prejudiciais à educação federal.
Diante da insatisfação com a proposta apresentada, os servidores devem manter a greve e discutir os próximos passos em assembleias locais e na plenária nacional. A decisão final sobre os rumos do movimento grevista ainda será oficializada após essas consultas e deliberações.