BRASIL – Governo federal apresenta proposta de reestruturação salarial para servidores técnico-administrativos em universidades e institutos federais em greve.

O governo federal apresentou uma proposta de reestruturação da carreira dos servidores técnico-administrativos das universidades e institutos federais, em meio à greve que afeta grande parte do país. A proposta inclui um reajuste de 9% a partir de janeiro de 2025 e de 3,5% em maio de 2026. O anúncio foi feito pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI).

A apresentação da proposta ocorreu durante a quarta reunião da Mesa Específica e Temporária que discute a reestruturação da carreira, na sede do MGI em Brasília. Além do reajuste salarial, o governo já havia formalizado uma proposta de aumento no auxílio-alimentação, no auxílio-saúde e no auxílio-creche para todos os servidores federais em 2024.

Segundo o ministério, levando em consideração os aumentos nos benefícios e o reajuste de 9% concedido no ano anterior, os técnicos teriam um reajuste médio global de mais de 20% para a carreira. A proposta apresentada também prevê a verticalização das carreiras, com uma matriz única com 19 padrões, diminuição do interstício da progressão por mérito de 18 para 12 meses e mudança no tempo até o topo das carreiras para 18 anos.

Os servidores técnico-administrativos da área de educação consideraram a proposta do governo como “irrisória e decepcionante”. O Sindicato Nacional dos Servidores da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe) afirmou que as negociações realizadas até o momento não atendem às demandas dos servidores, que reivindicam uma recomposição salarial maior, a reestruturação das carreiras e a revogação de normas prejudiciais à educação federal.

Diante da insatisfação com a proposta apresentada, os servidores devem manter a greve e discutir os próximos passos em assembleias locais e na plenária nacional. A decisão final sobre os rumos do movimento grevista ainda será oficializada após essas consultas e deliberações.

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