Os dados divulgados em uma edição especial da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (19) revelam que, em 2023, o Brasil tinha uma população de 215,6 milhões de habitantes, sendo que 140 milhões possuíam algum tipo de rendimento, representando 64,9% da população – a maior proporção desde o início da pesquisa em 2012.
Em relação ao rendimento do trabalho, o levantamento aponta que 99,2 milhões de pessoas (46% da população) obtiveram rendimentos provenientes do trabalho, enquanto 56 milhões (26% da população) obtiveram renda de outras fontes. O rendimento médio mensal recebido de todos os trabalhos foi estimado em R$ 2.979 em 2023, um aumento de 7,2% em comparação a 2022.
O analista da pesquisa, Gustavo Geaquinto, destaca que em 2020, no início da pandemia, o mercado de trabalho foi afetado principalmente pela redução de empregos informais de menores remunerações, impactando na média de rendimentos. Ele ressalta que a população na informalidade foi a mais prejudicada, o que influenciou na composição da população ocupada.
Além disso, o rendimento médio de outras fontes diferentes do trabalho cresceu 6,1%, alcançando R$ 1.837, um recorde histórico. O IBGE identificou que o rendimento do trabalho representou 74,2% do total, enquanto outros rendimentos, como aposentadoria, pensão, aluguel, pensão alimentícia e programas sociais como o Bolsa Família e BPC, compuseram os 25,8% restantes.
Com esses números em destaque, o Brasil demonstra um avanço significativo em termos de renda da população, refletindo a recuperação econômica do país e o impacto das políticas sociais e trabalhistas.
