BRASIL – Brasil estabelece cotas e impostos para importação de produtos de aço para combater concorrência desleal no mercado internacional.

Recentemente, o Comitê Executivo de Gestão (Gecex) da Câmara de Comércio Exterior (Camex) decidiu que, nos próximos 30 dias, 11 produtos de aço importados terão cotas de importações. Essa medida foi estabelecida com o objetivo de evitar uma concorrência desleal com o aço nacional, visto que, em 2023, o volume de importações desses produtos excedeu em 30% a média registrada entre 2020 e 2022.

Caso os produtos importados ultrapassem o volume máximo estabelecido pela cota, será aplicado um Imposto de Importação de 25% para sua entrada no país. Atualmente, o Imposto de Importação para esses 11 produtos varia de 9% a 14,4%. O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic) informou que está em estudo a imposição de cotas para outros quatro produtos derivados do aço, porém, esses itens não foram incluídos nessa nova regulação por enquanto.

As cotas terão uma validade de 12 meses a partir da publicação oficial e o governo estará atento ao comportamento do mercado durante esse período. Segundo informações do Mdic, os estudos técnicos indicam que a imposição das cotas não deve impactar nos preços ao consumidor e nem na cadeia produtiva. Adicionalmente, o governo espera que essa decisão contribua para a redução da capacidade ociosa da indústria siderúrgica nacional.

Os 11 produtos de aço que terão cotas de importação englobam uma variedade de produtos, como produtos laminados planos, fios-máquinas e tubos utilizados em oleodutos ou gasodutos. De acordo com o Mdic, a implementação dessas cotas é uma medida necessária para garantir a competitividade do aço nacional diante da crescente importação desses produtos.

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